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que tal aprender mais sobre os animais?

Os vertebrados

Atualmente, são conhecidas cerca de 50 mil espécies de vertebrados. Essas espécies variam em tamanho, forma, hábitos e vivem em diversos habitats, que vão do fundo dos oceanos ao topo das montanhas.

Os vertebrados são animais do filo dos cordados, que apresentam coluna vertebral. Nós, seres humanos, também pertencemos ao filo dos cordados do reino animal.

Segundo o conhecimento científico atual, os vertebrados mais antigos eram animais aquáticos primitivos aparentados das lampreias. Eles não tinham mandíbulas (estrutura que se articula na boca e permite o movimento de mastigação) e apresentavam uma pesada carapaça óssea que os recobria completamente.

Hoje, a hipótese mais provável afirma que os peixes ósseos atuais se originaram de peixes sem mandíbula. Acredita-se, também, que dos peixes ósseos originaram-se os anfíbios, e destes vieram os répteis. Os répteis por sua vez, deram origem às aves e aos mamíferos.

Na história evolutiva dos vertebrados, a ocupação efetiva do ambiente terrestre veio a ocorrer com os répteis, graças a algumas características desses animais, como: o ovo com casca (que protege o embrião da desidratação), a pele seca e os pulmões mais eficientes.

Os primeiros invertebrados

Os primeiros invertebrados deveriam viver reclusos no meio aquático e não possuíam estruturas ósseas ou com componentes calcários. Os fósseis mais antigos até hoje encontrados datam de 540 milhões de anos ( Era Pré-Cambriana ou Eon Proterozóico) e se assemelhavam a cnidários com formas de penas, vermes e artrópodes sem as estruturas rígidas. Após a explosão do Periodo Cambriano, novas espécies surgiram, nesta época existem fósseis de ancestrais dos atuais moluscos e dos artrópodes.

A Era Cambriana foi dominada pelos trilobitas, grupo se extinguiu no final do mesmo período. No final do período Cambriano 85% das espécies desapareceram. As extinções em grandes proporções ocorrem geralmente por: alterações climáticas, modificação no nível dos mares, atividades vulcânicas ou pela queda de asteroides. E mais atualmente, está sendo acrescentado como fator causador de extinções atuação humana que diretamente e/ou indiretamente atuam nas mudanças climáticas.

Os artrópodes foram o primeiro grupo de invertebrados a dominar a terra, no Periodo Siluriano, cerca de 440 milhões de anos atrás. Neste período alguns vegetais já se encontravam estabelecidos no ambiente, permitindo a alimentação destes animais. A conquista do ambiente terrestre provocou o desenvolvimento de diferentes estruturas para adequação do novo tipo de vida (vida terrestre). As principais dificuldades encontradas por esses animais eram: controlar a desidratação, a necessidade de sustentar e locomover o corpo fora da água. Os problemas foram resolvidos ao desenvolverem o exoesqueleto, a internalização do processo respiratório e o surgimento das patas rígidas e articuladas.

Os primeiros vertebrados não apresentavam coluna vertebral, porém era encontrado uma notocorda (cordão gelatinoso) na mesma posição da coluna. O anfioxo, que se assemelha a um peixe, é um exemplar que pode ser encontrado em praias brasileiras. Posteriormente, com os vertebrados apresentando a coluna vertebral e o esqueleto interno (que não são encontrado nos invertebrados), conseguiram com maior facilidade resolver o problema de locomoção, pois os ossos servem de ponto de apoio aos músculos e permitem o movimento dos animais. Além disso, o sistema nervoso localizado dorsalmente e não ventralmente (como no invertebrados), o coração  em posição ventral (e não dorsal como nos invertebrados) e a presença de cauda para a sustentação, atribuíram para o desenvolvimento deste grupo em qualquer ambiente.

O que é a Zoologia?

Zoologia é a ciência que estuda a vida animal. O estudo dos animais analisa as diferentes características, estruturas, forma do corpo, desenvolvimento, crescimento, reprodução, locomoção, e sistemas (digestório, respiratório, circulatório, excretor, nervoso e etc.), além da ecologia (interação do organismo com o meio) e evolução (surgimento e desaparecimento ou resquício de alguma estrutura ou característica).

A classificação na biologia geralmente utiliza o conceito de complexidade do animal, onde os mais primitivos ou aqueles com características basais são colocados no início da hierarquia e conforme vão surgindo novidades evolutivas ou organização celular irão complementando a organização.

Com o intuito de facilitar o estudo dos animais, é comum estes organismos serem agrupados em dois grupos gerais: Invertebrados e Vertebrados. Os Invertebrados são os animais que não possuem coluna vertebral dorsal. Enquanto os Vertebrados são os animais que apresentam a coluna vertebral dorsal, esta proteção é fundamental, pois envolve a medula que realiza a comunicação do encéfalo com as demais estruturas do corpo.

Para estudar os animais é necessário ter conhecimento da nomenclatura utilizada. Os termos mais comuns para as características encontradas nos animais são:

Séssil: são os organismos que não realizam deslocamento (locomoção) por vontade própria, uma vez fixos no substrato ali permaneceram até que outra força os faça sair. Como por exemplo, um siri que coloca anêmonas na carapaça para evitar predadores. Ex.: ostras e corais.

Simetria Radial (ou Radiada): quando o corpo do animal pode ser dividido em vários raios e em cada um deles serão encontrados as mesmas estruturas. Essa simetria é vantajosa para animais sésseis (fixos), pois permite o contato com o ambiente em diferentes direções. Ex.: anêmona-do-mar.

Simetria Bilateral: o corpo é dividido em duas metades simétricas, apenas um raio. Este tipo de simetria facilita o movimento terrestre, aquático e aéreo. Ex.: homem.

Seres Pluricelulares ou Multicelulares: são os organismos que possuem mais de uma célula na composição do corpo. Todos os animais são exemplos de organismos pluricelulares.

Respiração Aeróbica: processo para a obtenção do oxigênio, participa do processo de oxidação dos alimentos para liberar a energia e posteriormente liberação do dióxido de carbono (gás carbônico).

Reprodução Sexuada: quando há o encontro dos gametas feminino e masculino e posteriormente a sua fusão iniciando o desenvolvimento embrionário. Nesta reprodução não é necessário haver cópula (fecundação interna), podendo então, ser realizada no meio exterior (fecundação externa). Ex.: cavalo (fecundação interna), sapo (fecundação externa).

Reprodução Assexuada: um único indivíduo gera dois seres idênticos ao genitor. Esta reprodução pode acontecer por brotamento, bipartição, gemulação, multiplicação vegetativa, esporulação, fragmentação e etc.

Organismos Eucariontes: seres que apresentam carioteca, membrana que envolve e protege o material genético.

Organismos Heterotróficos: organismos que não produzem seu próprio alimento, necessitando então, de capturá-lo para conseguir absorver a energia para manter os sistemas em funcionamento.